Novo Hamburgo fecha 2020 com o menor número de homicídios em série histórica do Estado
Município ficou abaixo de índice de letalidade da ONU

Conhecido como um dos municípios mais violentos do Estado em décadas passadas, Novo Hamburgo encerrou o ano de 2020 contabilizando o menor número de homicídios da série histórica publicada anualmente pela Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP/RS), iniciada em 2002. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram 24 assassinatos, uma queda de 45,5% em relação aos 44 homicídios de 2019. Antes disso, o menor número havia sido registrado somente em 2010, com 33 de ocorrências deste tipo.
O número também deixa Novo Hamburgo com taxa de homicídio abaixo do preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para os padrões mundiais de violência letal, que é de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. O índice ficou em 9,72 para cada 100 mil habitantes, considerando uma população de 247.032 para o ano passado, segundo o IBGE.
“Este é resultado de um conjunto de ações e troca de informações entre as forças integradas de segurança que atuam na cidade”, destaca a prefeita reeleita Fátima Daudt. Ainda segundo, a SSP/RS, a queda nos crimes contra a vida também pode ser constatada nos latrocínios, crime cujo último caso em Novo Hamburgo foi registrado somente em 2018. O resultado é o mais expressivo ao longo de todo o primeiro mandato da prefeita Fátima Daudt e consolida a tendência de queda observada desde 2017.
Números
Os índices de 2020 representam queda de 61,9% no número de homicídios e uma redução de 15,5 na taxa por 100 mil habitantes em comparação a 2017, primeiro ano de sua gestão. A taxa de 9,72 por 100 mil habitantes alcançada ano passado representa quase metade dos índices do País e do Estado. Segundo dados de 2019 (últimos disponíveis) do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, a taxa de homicídio no Brasil é de 18,8, enquanto no Rio Grande do Sul é 15,9.
Fátima lembra que Novo Hamburgo não registrou um único homicídio durante todo o mês de novembro. E em quatro outros meses ocorreu apenas uma ocorrência. “São conquistas que há muito tempo a cidade não experimentava. Isso é muito importante, inclusive para servir como referência para os próximos anos de uma situação que é possível a cidade alcançar e até avançar ainda mais”, completa a prefeita.
Cabe ressaltar que, uma vez que não há censo há 10 anos, o cálculo é feito com base na população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para Novo Hamburgo: 247.032 habitantes.