Menos de 24 horas após ser eleito prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck (PL) gerou repercussão ao não descartar a possibilidade de uma parceria com o PT. Finck, conhecido por sua postura de oposição ao atual governo e por ter se alinhado com a polarização política nacional durante sua campanha, enfrentou críticas de eleitores que se surpreenderam com a aproximação.

Durante a primeira sessão parlamentar pós-eleitoral, o novo prefeito afirmou que a conversa com o vereador Enio Brizola (PT) ocorreu apenas para discutir a reconstrução do município. “Pessoal, leiam a matéria e não o título. Não há acordos ou promessas com o PT. Brizola se colocou à disposição para ajudar a cidade”, declarou Finck em suas redes sociais, reforçando que não haverá secretários ou secretarias do PT em seu governo, mas que o diálogo será mantido com todas as partes.

“Agora o projeto é de cidade. Todos sabem que sou de direita, que meu presidente é o Bolsonaro, mas precisamos pensar na cidade como um todo. Não está descartado compor a base de apoio com o PT”, afirmou Finck, já abrindo espaço para articulações políticas futuras.

A próxima legislatura, que se inicia em 2025, verá o PT aumentar sua representação de uma para duas cadeiras na Câmara de Vereadores. Questionado sobre sua possível participação no governo Finck, Brizola optou por não confirmar, mas também não descartou uma parceria. “Ideologicamente, continuamos com posições adversas. O prefeito eleito se identifica de direita, enquanto o PT é de esquerda. Contudo, o PP faz parte da base do governo Lula. Nosso foco deve ser a recuperação da cidade”, comentou.

Ambos os líderes, apesar das divergências ideológicas, manifestaram a disposição de dialogar em prol do bem-estar da população de Novo Hamburgo. O cenário político se mostra dinâmico, e a gestão de Finck promete ser marcada por um pragmatismo que visa a cooperação entre diferentes espectros políticos para o benefício da cidade.